Com um repertório eclético, que foi da música erudita ao popular, a Banda Sinfônica do Recife emocionou, na noite de ontem (05/06), a plateia no Teatro de Santa Isabel. A apresentação contou com a participação especial de poetas pernambucanos e encerrou as comemorações ao Dia Mundial do Meio Ambiente, promovidas pela Prefeitura do Recife. O evento também marcou o lançamento da 2ª Conferência Municipal de Meio Ambiente. Antes de começar o espetáculo, o vice-prefeito, Luciano Siqueira, saudou o público e ressaltou a importância de cada pessoa ter atitudes mais sustentáveis. “O progresso econômico, a inclusão social e a sustentabilidade devem seguir juntos. E para isso, todos precisam colaborar na preservação do meio ambiente. A sustentabilidade é o caminho para se garantir um futuro melhor a todos”, disse Siqueira, que assistiu à apresentação acompanhado por sua esposa Luci.
A secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, que coordenou o evento, também destacou a importância da população para o sucesso das ações na área. “Estamos buscando, cada vez mais, ampliar a participação da sociedade na construção das políticas públicas ambientais. Isso porque todos têm um papel protagonista nesse processo de preservação da natureza. Cuidar da natureza é a política do bem viver”, explicou. O espetáculo foi acompanhado por um público de mais de 400 pessoas. Eram crianças, adultos e até idoso, sempre atentos e aplaudindo muito ao final de cada intervenção dos poetas e da banda. A aposentada Luciene Sobré, 60 anos, aprovou a iniciativa de juntar cultura e a educação ambiental. “Sempre que posso vejo as apresentações da Banda Sinfônica e achei maravilhosa a ideia dessa apresentação temática.
O cuidado com o meio ambiente é um assunto importante e todos devem se envolver”, comentou. A noite foi aberta pelo recital de poesia. Mariane Bigio foi a primeira a subir ao palco, declamando o poema “A mãe que pariu o mundo”. Ela foi seguida pelo poeta Gleison Nascimento, que recitou o poema “Sonho de Sabiá”. Trata-se da história de um pássaro que vive preso na gaiola e sonha em voar livremente pelos campos. Já José Mauro, fechando o recital, interpretou “A chuva”, uma poesia sobre as transformações que ocorrem no bioma da caatinga com a chegada da chuva. Com a regência do maestro Nenéu Liberalquino, a Banda Sinfônica tocou por mais 40 minutos, sob o olhar atento da platéia.
No repertório: Ponteio (Edu Lobo e Capinam); Cravo e Canela (Milton Nascimento e R. Bastos); Tico-Tico-Tico no Fubá (Zequinha Abreu); Nêga (Afonso Teixeira e Waldemar Gomes); Medley de Luiz Gonzaga; Melodia Sentimental (Villa-Lobos e Dora Vasconcelos), a música do filme Missão Impossível; e Medley de Henry Mancini. Encerrando a apresentação, as pessoas conferiram a abertura da ópera “O Guarani”, uma das mais belas obras do brasileiro Carlos Gomes.
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